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Por Raphael Vidigal, em 18/03/2022 às 10:03

Instagram/Reprodução

Ermelinda Pedroso Rodríguez nasceu em Caacupé, cidade do Paraguai, no dia 17 de março de 1952. Criada em uma família humilde, repleta de músicos, ela começou a carreira no país natal, mas foi no Brasil, para onde se mudou na década de 70, que ela chegou ao estrelato. Já morando no Rio de Janeiro, a cantora adotou o nome artístico de Perla e alcançou sucesso cantando guarânias e boleros em boates.

O êxito a levou para a televisão, onde acrescentou ao repertório versões para músicas românticas que eram bastante populares na época. Entre elas, estava “Fernando”, versão para o hit do grupo sueco Abba, que catapultou a trajetória da artista e rendeu a ela discos de ouro e platina. Outras canções emblemáticas na voz de Perla foram “Galopeira” e “Meu Primeiro Amor”.

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RAFAEL GODINHO, para a Revista Quem, em 04 de outubro de 2
 
Ermelinda Pedroso Rodríguez D’Almeida, de 69 anos, mais conhecida como Perla Paraguaia, leva uma vida bem discreta e longe dos holofotes quando não está no palco. A cantora, que fez muito sucesso nos anos 70 e vendeu milhões de cópias de discoS, mora em uma chácara na Granja Viana, na grande São Paulo. À Quem, ela diz ter uma rotina simples na qual sua maior riqueza é poder continuar cantando.
 
“O dinheiro para mim é bom, mas tudo que é demais não tem graça. Essa é minha ideologia em relação ao dinheiro. A minha parada é ter saúde para continuar subindo no palco e cantar. Quando estou no show é como se estivesse no altar. Tenho muito respeito pelo meu público e meu trabalho. Sou muito grata a isso. Essa é a minha maior riqueza. Moro no mato. Levo uma vida simples em meio à natureza”, declara.
 

Intérprete de canções românticas, Perla tem mais de 30 álbuns lançados. Seu grande hit é a música Fernando, do disco Palavras de Amor, que vendeu mais de 15 milhões de cópias nos tempos aureos da indústria fonográfica no Brasil. Mas ela afirma que o falecido marido, do qual prefere nem citar o nome, gastou boa parte do dinheiro. “Ele me agredia fisicamente, moralmente e me obrigou a fazer abortos”, acusa.Mas Perla se orgulha de ter transformado a realidade dura de sua família no Paraguai. “Consegui dar três casas para os meus pais e sustentei todos os meus irmãos. Até choro ao lembrar disso, porque sinto saudades deles. Meus pais são mortos. Minha infância foi muito simples, mas tínhamos muita riqueza da natureza e isso bastava. Além disso, minha família era muito musical”, relembra.

Filha mais velha de seis irmãos, ela sempre sonhou em ser cantora. “Comecei a cantar na infância com minha família no Paraguai. Brincava, mas cantava para ganhar dinheiro. Meu pai tocava violão e eu e minha irmã cantávamos. E todo mundo aplaudia. E todos diziam que nós tínhamos que ir ao Brasil. De tanto falarem isso, comecei a me interessar e a pesquisar sobre o país”, diz.

“Meu pai e minha irmã sorriam e diziam que isso nunca ia acontecer, porque eles não iriam deixar. Eu era tão apaixonada pelo Brasil, que ficava desenhando o mapa dele. E eu comecei a aprender músicas brasileiras. Wilson Simonal foi uma das minhas grandes inspirações. Mostrava para minha mãe tudo que tinha aprendido. Ela trabalhava em Assunção, na capital do Paraguai, tinha uma cabeça mais aberta e sempre me incentivava. Desde criança, já era escandalosa e gostava de ser brincalhona. Minha mãe dizia que eu era uma artista completa. Eu adorava fazer muita bagunça e foi uma luta enfrentar meu pai, porque ele era muito zeloso. Eu chorava muito”, relata.

“Quem me incentivou muito a vir para o Brasil foi a minha mãe, mas meu pai era meu ídolo. Ele me ensinou tudo que sei de música. Quando era jovem, ficava em cima do cavalo imaginando que estava no palco e o milharal e os bichos eram meu público, como se fosse uma índia nua. Até hoje me emociono quando estou no fim do show e me lembro disso. Os animais não ficavam tristes e as plantas não morriam, muito pelo contrário, os passarinhos faziam coro comigo e as árvores davam mais frutos, porque o que importava era a minha voz”, completa.

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Por Gshow — Rio de Janeiro, em

Perla Paraguaia: saiba mais sobre a cantora — Foto: Reprodução

Galopeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeira! 🗣️🎤Quem aí também já não se empolgou cantando junto esse hit, que ficou muito conhecido na voz da dupla Chitãozinho & Xororó ?

No Show dos Famosos, Wanessa Camargo homenageou Ermelinda Pedroso Rodríguez D’Almeida, mais conhecida como Perla e também como Perla Paraguaia. Uma cantora e compositora do Paraguai, naturalizada brasileira, que veio para o Rio de Janeiro na década de 70 e fez muito sucesso com seu repertório romântico. Seu primeiro álbum “Palavras de Amor” vendeu milhões.

Wanessa Camargo homenageia Perla Paraguaia — Foto: Globo

Wanessa contou que sempre foi uma grande admiradora não só do talento de Perla, como também de seus longos cabelos lisos:

“Quando eu era criança queria muito ter o cabelo dela, achava ela tão linda, tão forte. Ela girava, tinha essa magia toda, essa sedução, era fã dela. Representar um país como Paraguai que tem uma importância tão grande, a gente traz muito na música sertaneja a polca paraguaia, que vem dessa levada. A Perla na gravação original ela não sustentava muito a ‘Galopeira’, a gente que trouxe pro Brasil que virou essa ‘Galopeira’ longa”, explicou Wanessa.

Wanessa Camargo canta 'Galopeira' — Foto: Globo

Perla tinha longos cabelos pretos e uma voz marcante. Começou cantando em espanhol, mas não deu certo. Passou a cantar em português sucessos internacionais e se consagrou como cantora de rádio e TV com a música Fernando, versão de uma canção do grupo Abba. Uma das principais músicas de seu repertório é “Galopeira”, sucesso entre os sertanejos brasileiros que tentam segurar o fôlego e estender o vozeirão no refrão.

Veja curiosidades de Perla Paraguaia:

•Nasceu em Caacupé, no Paraguai;

•Tem mais de 50 discos gravados;

•“Palavras de Amor” vendeu 15 milhões de cópia;

•Cantou com Tom Jobim, Vinicius de Moraes e Roberto Carlos;

•Esteve em mais de 20 países mostrando o seu talento;

•Bordava seus próprios figurinos;

•Tem mais de 50 anos de carreira;

•Ganhou 11 discos de ouro e dois de platina;

•Cantora dos gêneros guarânia e bolero.

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